O terminal portuário privado “Porto Sudeste” está localizado na Baía de Sepetiba, cerca de 80 km ao sul da cidade do Rio de Janeiro. O porto foi projetado para operar com minério de ferro e exportá-lo do quadrilátero ferrífero para os mercados internacionais. O novo terminal mineral Porto Sudeste representa a menor distância entre o quadrilátero ferrífero no estado de Minas Gerais e o mar. Dragagem e obras para remoção de rocha eram necessárias para criar o canal de acesso e bacia de evolução para graneleiros.
O canal de acesso segue um caminho entre as diversas ilhas dentro da Baía de Sepetiba para alcançar o canal público principal do Porto de Itaguaí. A profundidade e largura do canal no Porto Sudeste foram aumentadas para 20 m e 206 m, respectivamente. O projeto foi executado pela Dragabras, uma empresa brasileira do Grupo DEME, atuante com décadas de experiência em dragagem, aterro e engenharia hidráulica. Um total de 3,7 milhões de m³ de material foi dragado e descartado em local offshore.
Durante todo processo de dragagem, uma grande preocupação sempre é a propagação de sedimentos e detritos para outras áreas. A solução mais comum é o uso de redes de contenção, que exigem grande mão de obra e possuem alto índice de ineficiência.
Já há alguns anos, uma nova tecnologia tem sido experimentada com sucesso em vários países e na obra do canal do porto de Itaguaí foi utilizada pela primeira vez no Brasil: a cortina de bolhas.
A técnica utiliza ar comprimido isento de óleo, forçado por mangueiras através de pequenos furos, um processo que faz com que bolhas de ar saiam continuamente deles. A correta disposição deste sistema de orifícios combinado com a vazão de ar adequada, provoca um efeito de cortina de bolhas, capaz de impedir que resíduos em suspensão na água se alastrem. Eles ficam retidos no setor onde está ocorrendo a dragagem e não passam para o outro lado da cortina, que mantém todo o restante da água limpa.
Poucas empresas no mundo dominam esta técnica e por isso a Atlas Copco Rental foi chamada, devido a seu acúmulo de expertise em vários projetos de dragagem pelo mundo. E assim foi implementado o primeiro deste tipo no país, utilizando 4 compressores de ar portáteis modelo PTS 916, com tanques extras de diesel integrados, para gerar uma cortina de bolhas de 1 km.
Com o término da obra, a capacidade de exportação do porto fica ampliada em 50%.
José Carlos Lara, gerente da Atlas Copco Rental no Brasil comemora o sucesso: “Para nós, este projeto deu grande visibilidade à esta nova técnica, e nos credencia para replicá-la em outros clientes no país, que vê uma demanda crescente de ampliação do sistema portuário”.
A importância do ar 100% isento de óleo para a sua indústria